Fragrância em tua tez tanto me instiga,
Provoca-me o sorriso, m’entorpece…
Fleumático e febril, viril me intriga…
Estímulo notívago, me aquece…

Co’as mãos em teus cabelos gris, afago,
Enlaço-te e ao teu peito, terno e quente,
Repouso sob o aroma que naufrago
Entoando amor em juras eloquentes;

Diz sim, resvalo o toque e, vultuoso,
 — Olência de avidez que ébria me faz — 
Permites prolongar, afetuoso,
— Eflúvio de fascínio pertinaz… — 

Mantenho-me centrada à cinesia…
Aguardo o éter puro d’ambrosia…
Pupilas dilatadas… tão salaz…


Escrito por:
Sahra Melihssa

Sahra Melihssa, nascida em São Paulo em 28 de agosto de 1994, escreve desde 2004, tecendo sua obra sob a influência de sua formação em Psicologia Fenomenológico-Existencial e de um olhar filosófico que mergulha fundo no existir. Autora de Sete Abismos e Sonetos Múrmuros — com contos adaptados para o RPG Chaves da Torre pela Editora Caleidoscópio — é anfitriã e fundadora do Projeto Castelo Drácula, que acolhe e publica autores de Literatura Sombria e mantém o universo compartilhado As Crônicas do Castelo Drácula. Criadora da corrente literária Morlirismo, explora do gótico ao erotismo imersivo — vertente que originou a Editora Lasciven — e transita por contos existencialistas, ensaios fenomenológicos e ficção científica. Desde 2021 apresenta a Sonura, sua forma fixa de poesia musicalizada, melancólica e ritmada, que já alcançou mais de cinquenta mil visualizações. Para os que buscam a fusão entre poesia e filosofia, Sahra conduz à intensidade genuína de uma literatura viva e inesquecível. » saiba mais
Sahra Melihssa

Poeta, Escritora e Sonurista, formada em Psicologia Fenomenológica-Existencial e autora dos livros “Sonetos Múrmuros” e “Sete Abismos”. Sahra Melihssa é a Anfitriã do projeto Castelo Drácula e sua literatura é intensa, obscura, sensual e lírica. De estilo clássico, vocábulo ornamental e lapidado, beleza literária lânguida e de essência núrida, a poeta dedica-se à escrita há mais de 20 anos. N’alcova de seu erotismo, explora o frenesi da dor e do prazer, do amor e da melancolia; envolvendo seus leitores em um imersivo, e por vezes sombrio, deleite. A sua arte é o seu pertencente recôndito e, nele, a autora se permite inebriar-se em sua própria, e única, literatura.