Sonura ao Torso Teu
Imersa n’amplitude do teu ser
Mui raro é teu silêncio a me clamar
Felizes para sempre ou fenecer?
Ao torso do teu corpo irei valsar
O dom que me apresentas, tal talento
Nas frases que tu versas, tão sutis
Revelas que uma noite já no alento
Desejas nossos corpos mui febris
Anseias tais momentos ao dormir?
D’um corpo ir ao céu por tua fragrância
Me lembro o deflorar do teu sorrir
Ao mundo mencionar-me com sonância
O orgasmo do elixir dos versos meus
Na sede da tua cama, semideus
Na curva do teu torso gozo em ânsia.
Sugestões de leitura:
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Imersa n’amplitude do teu ser | Mui raro é teu silêncio a me clamar | Felizes para sempre ou fenecer? | Ao torso do teu corpo irei valsar…
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Multiartista, Glícia se apaixonou pelas letras muito cedo e, desde então, lê e escreve com profundez e humanidade. Nasceu na Capital da Bahia e por lá que passa boa parte do seu tempo produzindo arte. Revista Literata é seu atual projeto literário, uma revista minimalista que agrega escritores de todos os tipos…
A dor vicia e adorna minha tez | Nas mãos de tua nascente, a violência... | Conduzes mais a fundo, embriaguez... | Na gris manhã te beijo em mi'a dolência...